A sexta edição da Operação Verão do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CRBM) completou 18 dias nessa terça-feira (03). Apenas no Litoral Norte, os guarda-vidas realizaram 83 salvamentos.
As praias com maior número de resgastes são Torres (20), Capão da Canoa (13), Imbé Sul (11), Arroio do Sal (10), Balneário Pinhal (08) e Balneário Quintão (08). Em Tramandaí, não houve salvamentos.
Em Nova Tramandaí, foram quatro resgates e uma morte por afogamento, o único óbito no mar no Litoral Norte desde o início da Operação Verão, em 17 de dezembro. A vítima foi um jovem de 22 anos.
Além dos salvamentos, o guarda-vidas realizaram 33.586 ações preventivas nas praias da região. Em outra frente, auxiliaram na localização de 383 pessoas, a maioria crianças que haviam se perdido dos familiares. Em relação aos registros de lesões por águas-vivas, forem 2.303 nos primeiros 18 dias da operação.
Redução de salvamentos
Em comparação com o mesmo período da operação do verão passado, houve uma redução de 38%. Foram 134 na temporada 2021/2022 e 83 na atual. O coordenador da Operação Verão, tenente-coronel Isandré Antunes avalia que a redução está relacionada a uma combinação de fatores, como períodos mais curtos, sem feriadão, de Natal e a Ano Novo, e as condições do mar, especialmente no fim de semana do Natal. “Principalmente no Natal foi o combo: mar geladinho, chocolatão e não combinou com feriadão, comparado com o período do ano passado”, disse o oficial.
O tenente-coronel ponderou, por outro lado, que no fim de semana da virada de ano, houve um comportamento de maior risco por parte dos banhistas. “Quando é mais curto, as pessoas ficam mais agressivas, elas acabam querendo fazer tudo naquele período que é mais encurtado, isso foi o que aconteceu nesse final de semana [do Réveillon], mas nós trabalhamos muito na prevenção. Nós estamos com serviço triplicado, guarda-vidas fazendo três turnos, área de banho bem definida e uma concentração maciça de prevenção”, afirmou. Um outro dado chama a atenção no balanço parcial. Até agora, os guarda-vidas auxiliaram na localização de 383 pessoas perdidas na praia, a maioria crianças. O número é 46% maior do que no mesmo período da temporada anterior. “Isso mostra o comportamento desatento do veranista. Se tu perdes o teu bem mais precioso, que é uma criança, imagina como tu está na praia. Isso nos traz preocupação e alerta para o restante da temporada”, avalia o tenente-coronel Isandré Antunes.