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Edição de inverno da Feira da Biodiversidade e EcoSol de Maquiné movimenta Quilombo Morro Alto
Por Redação Tupancy
Publicado em 04/08/2025 18:37
Litoral Norte
Foto: Divulgação

A Feira da Biodiversidade e EcoSol (Economia Solidária) de Maquiné chega em sua edição de inverno no sábado, 9 de agosto de 2025, para um encontro comunitário repleto de cultura, agroecologia e protagonismo local. Das 9h às 17h, na Associação Rosa Osório Marques – Quilombo Morro Alto (BR-101, distrito de Morro Alto), a entrada é franca e o convite é aberto: venha com sua ecobag e cadeira aproveitar um dia inteiro de trocas e vivências.

Organizada coletivamente por cerca de 30 pessoas do Coletivo Autônomo dos Feirantes, a Feira vai além da venda de alimentos agroecológicos, bebidas artesanais, mudas e sementes, artesanato ancestral Guarani, biocosméticos, fitoterápicos, livros, caricaturas, sebo, artesanato e brechó. É onde também acontecem apresentações culturais, espaço para crianças e rodas de conversa, promovendo a integração entre pequenos empreendimentos, famílias produtoras rurais, comunidades tradicionais e o público visitante.

No palco dessa edição, estão confirmados diversos shows, como o Grupo Desagravo, com o espetáculo poético-musical “Pêlo Escuro – poemas afro-gaúchos” do mestre Oliveira Silveira. A Feira vem consolidando práticas baseadas na cooperação, na sustentabilidade e na valorização territorial. Alguns de seus resultados estão na geração de renda e no protagonismo social: na última edição, foram mais de R$ 14 mil em faturamento bruto com participação de 53 feirantes de oito municípios, bem como de quatro organizações da sociedade civil.
Para Valéria Bastos, educadora alimentar e integrante do coletivo: “Essa feira é uma semente que caiu em solo fértil. Mesmo que seja desafiador, em Maquiné a agroecologia, a arte e a economia solidária florescem… estamos cultivando alimento, cultura e autonomia.” E as palavras de Maria Leci de Castro, 78 anos, feirante e produtora local: “Vim passear na Barra do Ouro em 2018 e acabei não indo embora mais… Na feira, vendo doces, pães, ovos, mudas e brechó com carinho. É um lugar acolhedor que me conquistou.”

Com financiamento da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) – Edital SEDAC nº 29/2024 – Culturas Populares, a iniciativa fortalece capacidades técnicas, infraestrutura e dinâmicas formativas dos agentes culturais e feirantes. Hoje, a Feira é referência regional de economia solidária e criativa, inovação social e cultura popular, evidenciando como modelos autogestionados podem equilibrar impacto social, cultural e ambiental de forma sustentável.

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