A Corsan foi vendida por R$ 4,15 bilhões em leilão realizado na manhã desta terça-feira na B3, em São Paulo. Em proposta única, a AEGEA arrematou a estatal com ágio de 1,15% e agora terá a responsabilidade de atender cerca de 6 milhões de pessoas que recebiam os serviços da companhia no Rio Grande do Sul.
A privatização da estatal foi marcada por uma batalha judicial, cujo último capítulo ocorreu ainda na noite dessa segunda-feira, quando a Procuradoria-Geral do Estado conseguiu derrubar a liminar que suspendia a venda da empresa. Na ocasião, o pedido da PGE-RS foi feito no Tribunal Superior do Trabalho.
Apesar de ter prometido na campanha de 2018 que não venderia a Corsan, o então governador Eduardo Leite (PSDB) mudou de posição e, em março de 2021, anunciou a desestatização da companhia.
A decisão teve como base aprovação pelo Congresso Nacional e a sanção presidencial do Novo Marco Legal do Saneamento Básico. A legislação estabeleceu, entre outras coisas, metas de universalização dos serviços até 2030, além de aumentar espaço para a participação da iniciativa privada.
O presidente da Corsan, Roberto Barbuti, afirmou, no começo de novembro, que a privatização poderá reduzir o valor da tarifa aos usuários diante da melhoria da prestação do serviço, reduzindo perdas. “Trará impactos altamente positivos, inclusive em termos socioambientais. Isso vai mudar o patamar da prestação do serviço de saneamento, permitindo avanços na lucratividade e na contenção de perdas, beneficiando o consumidor final”, disse em audiência pública.
Fonte: Correio do Povo