Bombeiros e Brigada Militar buscam na tarde desta segunda-feira (20) a última pessoa desaparecida após a ponte pênsil sobre o Rio Mampituba, entre Torres, no litoral norte gaúcho, e Passo de Torres, em Santa Catarina, virar. Trata-se do jovem Brian Grandi, de 20 anos, que sumiu após o acidente nesta madrugada. Dezenas de pessoas transitavam pela ponte quando os cabos da estrutura se romperam. Desde então, a família de Brian, que não sabe nadar, busca informações. A bicicleta do rapaz foi encontrada nas imediações da ponte, mas nenhum pertence foi achado.
Ele é natural de Caxias do Sul, da região de Santa Corona, mas mora há três meses em Torres. Segundo a irmã do jovem, Bruna Grandi, não é comum ficar sem contato:
— Ele nunca foi de ficar sem responder. Mal saía e, quando saía, era com a gente — diz.
Brian Grandi tem 20 anos e é natural de Caxias do Sul. Foto: Arquivo Pessoal
A família conseguiu acessar a conta do WhatsApp de Brian pelo computador. Conforme a irmã, as últimas mensagens tinham sido trocadas com ela. O rastreamento do aparelho mostrou última atividade na própria região do acidente.
Ainda de acordo com os familiares, nas primeiras horas após o incidente, o telefone ainda chamava até a cair, mas depois parou de receber ligações. A polícia ainda não conseguiu localizar o telefone.
Os familiares também receberam uma informação de que Brian teria tomado um carro após o rompimento da ponte para deslocamento em direção a um bairro de Torres. O jovem não foi encontrado, no entanto, pela Brigada Militar nas buscas.
Os bombeiros seguem trabalhando em diversos pontos do Rio Mampituba. Conforme o tenente-coronel Rodrigo Canci Pierozan, comandante do 9º Batalhão do Litoral Norte, o jovem poderia ter sido levado pela correnteza tanto em direção ao mar quanto ao interior do rio.
— Estamos trabalhando em todas as possibilidades. Devido à corrente sul do mar hoje, o rio está um pouco mais represado — afirma.
Até o final da manhã, a informação de BM era de seis desaparecidos, mas os números foram reduzidos à medida em que familiares sinalizavam contato e localização das pessoas. O secretário de Planejamento de Torres, Matheus Junges, informou que cem pessoas estariam sobre a estrutura, sendo que a capacidade suportada é para 20.
A estrutura para buscas e resgates mobiliza bombeiros, embarcações do Comando Ambiental e um helicóptero. Fazem parte da equipe de buscas o Batalhão de Aviação da Brigada Militar, policiais militares do Comando Ambiental da Brigada Militar, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de Torres.
Pelo menos 15 pessoas foram atendidas no Pronto Atendimento Municipal de Torres, entre eles, 14 adolescentes, que chegaram ao local por volta das 3h acompanhados dos pais ou responsáveis. Todos tinham ferimentos leves, como arranhões, e foram liberados. Já no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, três pessoas foram atendidas, e um homem seguia internado em estado estável durante a tarde desta segunda.
Fonte: GZH
