Pesquisa apresenta dados da população com Transtorno do Espectro Autista
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Publicado em 06/04/2023

Na Semana de Conscientização sobre o Autismo, de 3 a 7 de abril, a Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para PcD e PcAH no Rio Grande do Sul (Faders) apresenta a nova edição do estudo “Características da População com Transtorno do Espectro Autista no Estado do Rio Grande do Sul”. A pesquisa foi divulgada na segunda-feira (3/4), durante o seminário “Descobrindo o Autismo no Rio Grande do Sul”, realizado na Assembleia Legislativa.

A pesquisa, que teve sua primeira edição em 2022, supre uma demanda histórica por dados sobre pessoas com autismo, e usou como base os dados das solicitações da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). 

Em comparação com o levantamento realizado no ano passado, o número de pessoas que solicitaram a carteira quase dobrou, como informa a coordenadora de Pesquisa da Faders, Aline Monteiro Correia. “Foram analisadas 9.503 Cipteas, e os resultados se aproximaram ainda mais daqueles que são observados em estudos internacionais. Isso mostra que nossa pesquisa está no caminho certo”, ressaltou Aline. Na edição de 2022, foram analisadas informações de 4.074 pessoas.

A pesquisa atual aponta dados de 365 municípios do Rio Grande do Sul. A região Metropolitana de Porto Alegre detém 30,79% de carteiras aprovadas no Rio Grande do Sul. A seguir, o maior índice de solicitações está no Vale do Rio dos Sinos, com 11,67%, e na Região Sul, com 10,19%. Porto Alegre tem o maior percentual entre as cidades (17,12%), seguida por Caxias do Sul (5,54%) e Viamão (4,34%). No litoral Norte o percentual de solicitações é de 5% em relação ao RS e foram contabilizadas 475.

Segundo o estudo, há um predomínio de pessoas do sexo masculino na população com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse dado vai ao encontro do que é apontado em pesquisas internacionais recentes na área, as quais indicam que, para cada 3,7 pessoas do sexo masculino, há uma pessoa do sexo feminino com TEA.

Aline destaca a importância de se avançar no levantamento de dados, principalmente nas faixas etárias de adultos e idosos. “Do total, 44% das solicitações da Ciptea são para a faixa de 0 a 5 anos de idade, e 29% para pessoas de 6 a 10 anos. Mas não temos só crianças com autismo, temos adultos e idosos, e por isso é fundamental que essas pessoas também solicitem a carteira”, explica Aline. “Dessa forma, poderemos conhecer mais sobre essa população e pensar, a partir disso, em políticas públicas específicas.”

 

Confira os números dos municípios do litoral Norte (total de pessoas e percentual sobre a população da cidade)

Arroio do Sal - 22 – 0,28%

Balneário Pinhal - 22- 0,20%

Capão da Canoa - 98 – 0,23%

Capivari do Sul - 11 – 0,28%

Caraá - 8 – 0,11%

Cidreira - 13 – 0,10%

Dom Pedro de Alcântara - 0

Imbé - 40 – 0,23%

Itati - 1 – 0,04%

Mampituba - 0

Maquiné - 2 – 0,03%

Morrinhos do Su l- 4 – 0,13%

Mostardas - 19 – 0,16%

Osório - 33 – 0,08%

Palmares do Sul - 20 – 0,18%

Santo Antônio da Patrulha - 44 – 0,11%

Tavares - 1 – 0,02%

Terra de Areia - 5 – 0,05%

Torres - 71- 0,25%

Tramandaí - 65 – 0,16%

Três Cachoeiras - 9 – 0,09%

Três Forquilhas - 1 – 0,03%

Xangri-Lá - 31 – 0,25 %

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