METEORO OU LIXO ESPACIAL? Saiba o que deixou um rastro luminoso no céu do RS no fim da noite desta quinta
25/08/2023 10:42 em Geral

Moradores do Litoral registraram um rastro luminoso no céu da região por volta das 23h40 desta quinta-feira (24). O objeto permaneceu visível por pouco mais de um minuto, até desaparecer. O assunto foi um dos mais comentados da internet no início da madrugada desta sexta-feira (25).

Segundo o professor Fernando Jung, do Observatório Espacial Heller e Jung, de Taquara, a cena pôde ser vista de toda a região e é normal que intrigue os moradores. Nas redes sociais, muitos internautas relacionaram o rastro luminoso a naves extraterrestres, cometas e meteoros. O professor disse que ainda estava analisando as imagens captadas por seu sistema de monitoramento."Tenho que analisar", resumiu, reforçando a possibilidade que seria um episódio de reentrada de lixo espacial. Por volta da 1h30 desta sexta-feira, o professor divulgou que foi"registrada reentrada do estágio superior do foguete Soyuz SL-4 RB, lançado em 22 de agosto de 2023 no Cazaquistão". Segundo Jung, estava previsto que a estrutura faria esta reentrada, passando desde a região do Uruguai até o norte do Brasil. O material ficou cerca de um minuto e meio na atmosfera terrestre. 

O que é reentrada de lixo espacial?

Há mais de 50 anos a humanidade lança objetos para o espaço e, com o tempo, fragmentos deles acabam atravessando as camadas mais densas da atmosfera, onde costumam ser queimados, gerando rastros luminosos como o visto na região nesta quinta. Segundo a Nasa, quando os pedaços resistem, a chance maior é de que caiam na água, sobretudo em um oceano. Há risco de cair no solo, mas a possibilidade é menor.

Em 1957, a antiga União Soviética lançou o satélite Sputnik-1 e deu início à era espacial. Desde então, milhares de foguetes, espaçonaves diversas e instrumentos variados já foram levados à órbita do nosso planeta. No entanto, não foi planejado o que seria feito destes objetos depois que não estivessem mais operacionais. É aí que nasce o lixo espacial. A maior parte dos detritos pode alcançar velocidade que equivale a quase sete vezes àquela do disparo de uma bala. Na prática, um lixo espacial de um centímetro pode causar impacto equivalente ao de uma bola de boliche de movendo a 400 quilômetros por hora.

 

Fonte: GZH/NH

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