Polícia desarticula quadrilha de golpistas de Capão da Canoa que fez dezenas de vítimas no RS, SC e PR
14/09/2023 17:54 em Geral

A Polícia Civil (PC) desarticulou uma organização criminosa que aplicava golpes envolvendo a compra e venda de veículos com restrições. O grupo tinha base na cidade de Capão da Canoa, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, mas causou prejuízos a dezenas de vítimas em outras regiões do Estado e também em Santa Catarina e no Paraná.

A investigação realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) do Litoral Norte resultou na Operação “Wall Street”, deflagrada na manhã desta quinta-feira (14). Sete envolvido nos golpes foram presos, cinco deles em Capão da Canoa, um em Novo Hamburgo e um em Porto Alegre. Os policiais também cumpriram mandados de busca.

Foram apreendidos automóveis de luxo, jet-ski, quantia em dinheiro, drogas, documentos e outros materiais que serão analisados na continuidade do inquérito. A investigação, coordenada pelo titular da Draco, delegado Roland Short, durou aproximadamente um ano. Segundo a PC, o grupo chegou a abrir revendas de automóveis para aplicar os golpes, uma delas no bairro Arrio Teixeira, em Capão da Canoa, e outra em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.

Os investigadores identificaram que apenas em Santa Catarina há pelo menos 45 ocorrências registradas por vítimas da quadrilha. “Restou apurado que os acusados procuravam vítimas com dívidas de financiamento em seus veículos e prometiam a quitação desta, porém a mesma não era paga e o carro vendido a outra vítima, ficando as duas em litígio na justiça pela posse do bem e os estelionatários com o dinheiro da venda”, explicou o delegado. Além do prejuízo financeiro, as vítimas também sofriam ameaças. Quando diziam aos bandidos que procurariam a polícia, passavam a ser ameaçadas, inclusive com armas de fogo. A investigação confirmou ainda o envolvimento dos acusados com o tráfico de drogas. Um dos presos na operação foi flagrado tentando levar entorpecentes para uma penitenciária do RS usando um drone.

Com o dinheiro obtido com os golpes, os criminosos levavam uma vida de ostentação. “O lucro obtido através dos ilícitos praticados era utilizado para financiar o alto padrão de vida mantido pelos acusados, que ostentavam no dia a dia o uso de automóveis de luxo, passeios em motos aquáticas e festas”, afirmou o delegado Roland Short. Os presos responderão pelos crimes de estelionato e associação criminosa.

A operação mobilizou policiais civis de Xangri-Lá, Balneário Pinhal, Torres, Osório, Imbé, Capão da Canoa, Mostardas, Tavares, Tramandaí, Terra de Areia, Sapiranga. Novo Hamburgo e Porto Alegre.

 

Fonte: Litoral na Rede 

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