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Emergência do hospital reabre, mas baixa vacinação segue como principal causa da superlotação em Torres
Por Alexandre Ribeiro
Publicado em 13/06/2025 08:24
Litoral Norte

O Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, anunciou nesta quinta-feira (12) a normalização dos atendimentos na emergência após operar em regime de restrição temporária devido à superlotação. A interrupção no fluxo pleno de atendimentos havia sido adotada na quarta-feira (11), quando a unidade chegou a operar com 150% da capacidade total de internação e 250% na ala pediátrica. Apesar da retomada do funcionamento regular, autoridades de saúde alertam que a pressão sobre o sistema permanece alta, e o principal fator para a situação crítica continua sendo a baixa adesão da população à vacinação contra a gripe.

 

BAIXA VACINAÇÃO

De acordo com o responsável pelo Serviço de Epidemiologia de Torres, Renan Emerin, até o momento apenas 12.641 pessoas dos grupos prioritários foram vacinadas, o que representa 45,89% da cobertura vacinal esperada. Os grupos contabilizados para essa taxa incluem idosos com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a seis anos incompletos e gestantes, justamente os mais afetados pelas complicações causadas por vírus respiratórios, como a Influenza A.

Segundo Renan, a procura pela vacina aumentou apenas após a divulgação da situação de colapso, mas os efeitos da vacinação só devem ser percebidos entre 15 e 20 dias após a aplicação das doses. O aumento dos casos de síndrome gripal nas últimas semanas, atribuído principalmente à circulação de Rinovírus e Influenza A com a queda das temperaturas, tem gerado forte impacto na rede municipal de saúde. Coletas realizadas no Pronto Atendimento 24h indicam que mais da metade dos pacientes com sintomas gripais testaram positivo para Influenza A, vírus que poderia ter sido controlado com uma maior cobertura vacinal no início da campanha.

A secretária municipal da Saúde, Neusa Oriques, reforçou que a baixa adesão à vacina sobrecarrega todos os serviços da rede, especialmente em um contexto de alta demanda provocado pelo inverno. Segundo ela, apesar da disponibilidade ampla de vacinas nas unidades básicas de saúde e campanhas de conscientização, a resistência à imunização persiste, elevando o risco de agravamento dos casos e a necessidade de hospitalização.

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