Superando os desafios enfrentados às vésperas da abertura oficial do evento, a 23 ª Festa do pescador “Valoriza RS” foi um sucesso de público e vendas. Entre 30 de julho e 03 de agosto, aproximadamente 25 mil pessoas passaram pelo Parque Municipal de Eventos, aproveitando shows, atrações artísticas, ações paralelas e gastronomia diversificada. A estimativa de público foi divulgada pela Brigada Militar, que prestou apoio para a Secretaria de Turismo, Esporte, Juventude e Cultura.
Com a temática “Valoriza RS”, a organização propôs um novo formato ao evento. Além da mudança de local — com o retorno ao Parque Municipal de Eventos —, a programação contou apenas com artistas gaúchos na programação. A entrada foi gratuita tanto para os shows quanto para acesso ao parque, com cobrança apenas de um valor simbólico de R$ 10 para o estacionamento. A edição trouxe 20 apresentações no palco principal e mais de 50 atividades paralelas distribuídas pelo parque.
O secretário de Turismo, Luciano Costa, reforçou o esforço coletivo da organização para garantir a realização da festa, mesmo com os contratempos enfrentados. “Com certeza, tivemos a melhor Festa do Pescador dos últimos tempos. Não somos nós quem estamos dizendo, é a população, os visitantes e os expositores. Mas, ano que vem, a proposta é que a festa seja ainda maior, porque o Parque de Eventos tem estrutura para isso. Vamos trazer shows nacionais e retomar o modelo de duas semanas”, afirmou.
Aproximadamente 2 mil toneladas de tainhas vendidas
Comercializada pela Associação de Pescadores de Arroio do Sal (APAS), a tainha assada manteve seu protagonismo nesta edição. No sábado (2), uma longa fila se manteve durante todo horário de almoço para o público degustar o prato típico local. Apesar de a associação ainda não ter um levantamento definitivo das vendas, o presidente Aranilto Costa dos Santos, estima que mais de mil peixes tenham sido comercializados. Outra novidade que foi sucesso gastronômico do espaço “Galpão da Tainha” foram os pastéis de camarão e marisco, antes não comercializados no evento. “Teremos um balanço definitivo apenas na quarta-feira. Mas, acredito que mais de mil tainhas tenham sido vendidas e, nos pastéis, mais de 300 unidades”, disse o presidente.
O prefeito Luciano Pinto ressaltou que um dos principais objetivos da festa é valorizar os pescadores locais, proporcionando o fomento da renda. Ao todo, a gestão pública destinou R$ 30 mil para a APAS. “Foram destinados R$ 25 mil como apoio à associação para a compra de peixes e carvão, além de R$ 5 mil para o aluguel do espaço. O galpão do CTG tinha a estrutura ideal para o preparo e comercialização dos peixes. Fizemos tudo que estava ao nosso alcance para apoiá-los”, destacou o prefeito. A festa também ofereceu diversas opções gastronômicas em outros pontos do parque, como no espaço de alimentação, no pavilhão da Agroindústria Familiar e na Feira do Artesanato e Empreendedorismo.
A edição deste ano teve um significado ainda maior diante do desafio enfrentado às vésperas da abertura. Um ciclone extratropical atingiu o município na segunda-feira passada (28), danificando cerca de 50% da estrutura montada no Parque de Eventos. Entretanto, a equipe reconstruiu os espaços em dois dias, mantendo a programação e permitindo que a festa ocorresse com organização. A Assessoria Municipal de Segurança Pública, junto da equipe contratada e os órgãos de segurança que prestaram apoio com efetivos, não registrou nenhuma ocorrência ou problema que pudesse prejudicar o evento.